Por Felipe Maciel
Jornalista, cronista, dramaturgo e radialista, Sérgio Porto, vulgo Stanislaw Ponte Preta, completaria 100 anos em 11 de janeiro de 2023. Transitando entre revistas e jornais cariocas de grande circulação, deixou como principal legado o humor ácido e a crítica social e política.
Contemporâneo de Antônio Maria, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Jaguar e Millôr, entre outros cronistas, cartunistas e jornalistas, Sérgio Porto fez parte dos grandes nomes da imprensa brasileira do século 20 e foi testemunha da migração dos programas de auditório da Era do Rádio para a TV.
Como escritor, lançou dez livros – sete deles com o heterônimo Stanislaw Ponte Preta. A Companhia das Letras vem, paulatinamente, devolvendo às livrarias a obra do autor. Entre os destaques, estão “Febeapá: Festival de besteiras que assola o país”, que reúne textos hilariantes sobre despautérios dos poderosos do Brasil, e “As cariocas”, obra em que recria em seis novelas a fervilhante e sedutora vida no Rio de Janeiro dos anos 1960.
Em 2021, foi também publicada “A fina flor de Stanislaw Ponte Preta”, antologia organizada por Alvaro Costa e Silva, com uma seleção primorosa de crônicas que trazem o olhar inteligente, mordaz, afiado e debochado de uma das mentes mais brilhantes do humor brasileiro.
No ano do centenário do escritor, outras novidades estão por vir! Afinal, como endossou o historiador Hélio Dias da Costa, autor de “Stanislaw Ponte Preta e a desconstrução da imagem da ditadura: uma análise da representação satírica do Febeapá”, Sérgio Porto continua mais vivo que nunca.