Hoje nos despedimos de Marina Colasanti, 87 anos, uma perda inestimável. Uma das maiores e mais versáteis autoras brasileiras, escritora multipremiada, publicou mais de 70 obras, entre livros de contos, crônicas, poesia e ensaios. Destacou-se também na literatura infantil, sendo finalista do Prêmio Hans Christian Andersen de 2024, considerado o Nobel da Literatura para crianças, e também eleita personalidade literária do ano pelo Prêmio Jabuti. 

Artista visual de grande talento, ilustrou boa parte de sua própria obra, utilizando diferentes técnicas de ilustração. Trabalhou também como tradutora e jornalista, atuando em diversas publicações, como o Jornal dos Sports e as revistas Manchete, Senhor, Claudia e Nova. No Jornal do Brasil, foi cronista, redatora e editora, sendo responsável pela edição do suplemento infantil do diário. 

Filha de italianos, nasceu na cidade de Asmara, capital da Eritreia, mas se mudou em 1948 com a família para o Rio de Janeiro, onde residiu no palacete construído por Henrique Lage para sua tia-avó, a cantora lírica Gabriela Besanzoni, e, posteriormente, convertido no Parque Lage.

Casada com o poeta Affonso Romano de Sant’Anna, Marina teve duas filhas, Alessandra e Fabiana, e um neto, Nuno. Mais que uma autora por quem nutrimos admiração e profundo carinho, Marina acompanhou de perto a criação da Agência Riff. E nós temos a imensa honra de termos contribuído em sua trajetória artística por mais de três décadas.“Conheci Marina na década de 80.  Ela era tudo – amiga da vida inteira, autora maravilhosa, parceira – uma luz, um farol, um exemplo. Ela entrou para a agência tão logo abri o escritório – lá se vão 34 anos. Na agência, estamos sem chão.”, afirma Lucia Riff.