Sobre a autora
Carioca e filha única de um casal de imigrantes pobres, Sylvia Orthof nasceu em 1932. Seus pais, judeus austríacos, fugiram com a família para o Brasil entre as duas guerras mundiais. Educada em uma família que respirava arte, ainda menina recebeu uma cuidadosa formação artística e aprendeu a falar o alemão antes mesmo do português. Estudou mímica, teatro, pintura, desenho e arte dramática. Tinha apenas 15 anos quando começou a atuar na Escola de Arte Dramática do Teatro do Estudante. Aos 18, foi a Paris para aprofundar seus conhecimentos, retornando ao Brasil dois anos depois para trabalhar em São Paulo como atriz no Teatro Brasileiro de Comédias (TBC) e na TV Record. No Rio de Janeiro, atuou também ao lado de grandes nomes do teatro e da TV.
Em 1957, casou-se com Sávio Pereira Lima, com quem teve três filhos, e se mudou para uma aldeia de pescadores chamada Nova Viçosa, no sul da Bahia. Com as crianças locais, desenvolveu um teatro de bonecos feitos de sabugo de milho e de palha. Assim começou sua ligação com a dramaturgia infantil, que viria a ganhar forte conotação social a partir do período em que morou em Brasília. Aos 40 anos, Sylvia ficou viúva e, passado algum tempo, voltou a se casar. Mudou-se, já em meados da década de 70, para o Rio de Janeiro, época em que retomou a atividade profissional, dessa vez em outro campo: a literatura.
Escreveu e dirigiu A viagem do barquinho, peça infantil encenada no MAM, e fundou, em 1975, a Casa de Ensaios Sylvia Orthof, dedicada exclusivamente a espetáculos infantis. O convite de Ruth Rocha para que passasse a publicar suas histórias para crianças na revista Recreio lhe abriu definitivamente as portas da literatura. Em 1981, lançou o primeiro de seus mais de 120 livros infantis e juvenis, incluindo Os bichos que tive (Salamandra), com mais de 200 mil exemplares, e Sonhando Santos Dumont (Nova Fronteira), seu último trabalho.
Versátil e prolífica, a autora explorou diversos gêneros literários: prosa, poesia e teatro. Embora iniciada tardiamente, aos 40 anos, a carreira de Sylvia Orthof consagrou-a como uma das maiores escritoras infantis do país. Ganhou inúmeros prêmios por sua obra e viveu seus últimos anos em Petrópolis. Faleceu em julho de 1997 e, como costumava dizer, seguiu até o final da vida inventando “fantasiosas doidices”, que continuam formando inúmeros leitores e inspirando novas gerações.
Citações
“Sylvia Orthof é a melhor autora de textos infantis do Brasil depois de Monteiro Lobato; a única capaz de ser parceira dele.”
Fanny Abramovich, pedagoga, educadora e escritora, sobre Sylvia Orthof
“Considerada um dos grandes nomes da literatura infantil, junto com Ruth Rocha, Ana Maria Machado e Ziraldo, Sylvia era best-seller no gênero.”
Folha de S. Paulo, sobre Sylvia Orthof
“Escritora consagrada na literatura infantil brasileira, Sylvia Orthof (1932 -1997) é artífice da primeira fase do teatro brasiliense. No âmbito fervilhante da Universidade de Brasília (UnB), ela arregimentou pessoas para pensarem e fazerem teatro numa cidade que se esboçava como capital do poder.”
Portal Metrópoles, sobre Sylvia Orthof
“A escritora Sylvia Orthof (1932-1997) criou em ‘Ave alegria’ versos espirituosos para celebrar pequenos momentos da vida.”
Folha de S. Paulo, sobre Ave alegria (Gaia)
“‘Os bichos que tive’, de Sylvia Orthof, é ótimo para crianças entre 7 e 9 anos. O texto é coloquial sem ser vulgar, e aborda um tema precioso para essa faixa etária: a convivência com os bichos e a relação com animais de estimação. O livro fala de rãs, coelhos, gatos, cachorros… até bicho-de-pé! São oito histórias que remetem à infância da autora, todas muito criativas e cheias de bom humor.”
Revista Nova Escola, sobre Os bichos que tive (Salamandra)