Sobre a autora
Socorro Acioli nasceu em Fortaleza, em 1975, onde ainda mora. É jornalista e escritora, com Mestrado em Literatura Brasileira e Doutorado em Estudos de Literatura na Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro. Iniciou a carreira em 2001 e desde então publicou livros de diversos gêneros, como as biografias de Frei Tito e Rachel de Queiroz pela Edições Demócrito Roca, e também a da célebre personagem Emília, a boneca de pano, pela Casa da Palavra, sem contar as mais de uma dezena de livros de contos e romances infantojuvenis, alguns deles premiados e publicados em países como Estados Unidos, Reino Unido, França e Bolívia.
Em 2006, participou da oficina Como contar um conto, ministrada em Cuba, na Escola de Cinema de San Antonio de Los Baños, pelo Prêmio Nobel Gabriel García Márquez. A autora foi selecionada pelo próprio escritor colombiano a partir da sinopse do romance até então inédito, A cabeça do santo, que viria a ser publicado mais adiante pela Companhia das Letras. Em 2007, foi pesquisadora visitante na Biblioteca Internacional de Juventude de Munique, na Alemanha. Já proferiu palestras em Portugal, Bolívia e Cabo Verde e exerce também as atividades de tradutora, ensaísta e professora de Teoria Literária.
Vende-se uma família (Edições Demócrito Rocha), seu primeiro romance juvenil, conta a história da amizade entre Álvaro, filho do dono da maior fazenda de Aquiraz, e Benício, escravo da fazenda. Os dois são amigos desde o berço e foram separados pela venda da família de Maria de Luanda, mãe de Benício. Já o romance A bailarina fantasma (Editora Biruta,) foi definido, de acordo com a crítica literária Marisa Lajolo, como um primor, sem contraindicação. Como em todo bom romance, verdade e imaginação, ficção e história entrelaçam-se com sutileza, a tal ponto que o leitor fica sem saber onde começa uma e termina a outra.
Citações
“Esta nova biografia é mais completa. Conta o nascimento da boneca, feita com pedaços de pano por Tia Nastácia para Narizinho. Conta como foi que ela começou a falar sem parar depois de engolir as pílulas do Dr. Caramujo e como foi virando gente. Além de recordar suas aventuras, o livro dá detalhes curiosos. Emília media uns 30 centímetros, era palmeirense e seu prato predileto eram croquetes tostados.”
Otavio Frias Filho, jornalista e diretor de redação da Folha de S. Paulo, sobre Emília – uma biografia não autorizada sobre a Marquesa de Rabicó (Casa da Palavra)
”Quando li o ‘Inventário de segredos’ fiquei emocionada como se tivesse dançado uma valsa. Então li ‘A bailarina fantasma’. E fui lendo Socorro Acioli. E fui valsando entre descobertas, poesia, segredos, fantasmas, maluquices. Existe algo melhor que um dois pra lá, dois pra cá cheio de fantasia?”
Adriana Falcão, escritora e roteirista, sobre Socorro Acioli
“‘Inventário de segredos’ é um livro fascinante! Através de volteios poéticos, que mais parecem bordados nordestinos (não é em vão que texto deriva de tecido, tecer), a autora, Socorro Acioli, conduz o leitor por múltiplas e divertidas situações. Trata-se de uma obra que faz pensar, rir e admirar. É, guardadas as proporções, como ‘As mil e uma noites’: as histórias se entrelaçam como uma cebola descascada infinitamente ou um novelo cuja outra ponta jamais aparece.”
Frei Betto, frade dominicano, jornalista e escritor, sobre Inventário de segredos (Editora Biruta)
“‘A cabeça do santo’, contudo, é um livro brasileiríssimo e nordestino. É uma história super bem contada que tem como base a tal cabeça do santo que parece ser um fato verdadeiro que se passou em algum ponto do sertão nordestino (…) Socorro Acioli cria a narrativa com uma força de estilo que tem momentos bem altos no texto. Não é que ela interprete, é que ela recria o fato e o fato se transforma em outra coisa.”
Márcia Tiburi, escritora, filósofa e política, sobre A cabeça do santo (Companhia das Letras)
“O primeiro romance de Socorro Accioli é uma festa, um divertido exercício de imaginação, partindo de uma ideia que parece roubada aos melhores sonhos de Gabriel Gárcia Márquez e desenvolvendo-a até ao final com elegância e mestria.”
José Eduardo Agualusa, escritor, sobre A cabeça do santo (Companhia das Letras)