Sobre a autora
Cronista, contista, romancista, ensaísta e poeta, Lya Luft foi uma das mais prestigiadas escritoras brasileiras do século 20, autora de uma obra extensa e multidisciplinar. Ela nasceu em Santa Cruz do Sul (RS), pequena cidade gaúcha de colonização alemã, em 1938, e faleceu em dezembro de 2021. Apaixonada por livros desde a infância, decorava versos de Goethe e Schiller quando menina. Em Porto Alegre, formou-se em Letras anglo-germânicas pela PUC-RS. Foi também mestre em Linguística Aplicada e em Literatura Brasileira.
Dedicou-se paralelamente ao ofício de tradutora de alemão e inglês e verteu para o português obras de Virginia Woolf, Hermann Hesse e Thomas Mann e Stephen Zweig. Como cronista, contribuiu para diversos veículos de imprensa, como a revista Veja e o jornal Zero Hora. Foi casada com o linguista, filólogo e dicionarista brasileiro Celso Luft, com quem teve três filhos, e com o psicanalista Hélio Pellegrino. Na juventude, aproximou-se de renomados autores e intelectuais da cena cultural de Porto Alegre, e conviveu com Erico Verissimo, Mauricio Rosenblatt e Guilhermino César.
A estreia como romancista se deu em 1980, com As parceiras. O sucesso de crítica e público só cresceu ao longo dos anos e a escritora já supera a casa de mais de um milhão de livros vendidos. Um dos seus maiores sucessos, Perdas & ganhos, misto de ensaios e memórias, foi lançado pela Editora Record em 2003 e editado em diversos países, entre eles Reino Unido, França, Alemanha, Dinamarca, Holanda, Portugal e Espanha. Ganhou também uma adaptação para os palcos em montagem encenada por Nicette Bruno.
Citações
“Viver é subir uma escada rolante pelo lado que desce”. A frase do psicanalista Hélio Pellegrino resume o foco da literatura de Lya Luft. “É sobre esse esforço de viver que eu escrevo há tantos anos”, diz ela.
“Em todos seus escritos, independentemente da forma com que se expressa, Lya Luft se dispõe a fazer o leitor pensar e propõe um combate à mediocridade a partir da reflexão.”
Estadão, sobre Lya Luft
“Sem compromisso com nenhuma linha de pensamento estabelecida, Lya é capaz de atacar ao mesmo tempo a permissividade dos pais modernos na educação de adolescentes e a repressão que as igrejas tradicionais impõem ao sexo. Entre essas suaves diatribes, aparecem algumas belas notas memorialísticas.”
Revista Veja, sobre A asa esquerda do anjo (Record)
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