Sobre o autor
Nascido em Nova Friburgo, em 1954, Luiz Eduardo Soares é antropólogo, cientista político, Pós-doutor em Filosofia Política e uma das maiores autoridades do Brasil em segurança pública. Ocupou os cargos de Secretário Nacional de Segurança Pública e o de Coordenador de Segurança, Justiça e Cidadania do Estado do Rio de Janeiro, entre outros. É professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Publicou diversos livros, entre ensaios, obras de não ficção e obras de ficção abertamente inspiradas em fatos reais, além de um romance.
Na década de noventa, publicou principalmente volumes de ensaios e de interesse acadêmico. Na primeira década dos anos 2000, escreveu livros que vieram a se tornar grandes best-sellers, entre eles Cabeça de porco (Objetiva, 2005), com MV Bill e Celso Athayde, e Elite da tropa (Objetiva, 2006), que tem como coautores dois ex-integrantes do BOPE, André Batista e Rodrigo Pimentel, e inspirou o longa-metragem Tropa de elite, um dos maiores sucessos do cinema nacional, com direção de José Padilha. A repercussão foi tamanha que obra foi também publicada em mais de oito países, incluindo Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido.
Em 2000, lançou Meu casaco de general (Companhia das Letras, 2000), em que narra sua experiência à frente da segurança pública do Rio e denuncia a chamada “banda podre” da polícia. Sofreu ameaças e buscou exílio nos Estados Unidos, onde trabalhou como pesquisador do Vera Institute of Justice, em Nova York, e foi professor visitante de três universidades – Columbia, Pittsburgh e Virginia.
Em seguida, escreveu livros importantes sobre questões relacionadas à violência, como Rio de Janeiro: Histórias de vida e morte (Companhia das Letras, 2015). Seu trabalho mais recente, O Brasil e seu duplo, foi publicado em 2019 pela Todavia. Nele, Luiz Eduardo reflete a ascensão da direita radical e a ruptura do pacto constitucional com base socialdemocrata no Brasil.
Citações
“Esquadrão de elite da Polícia Militar do Rio, o Bope (Batalhão de Operações Especiais) é radiografado de forma inédita em ‘Elite da tropa’.’’
Folha de S. Paulo, sobre Elite da tropa (Objetiva)
“‘Desmilitarizar’ é, no entanto, um livro solo. É um grito de quem vê um modelo de segurança democrática se despedaçar em tuítes militarizados, tão bem votados. A democracia, pressuposto básico para todas as premissas de política pública que Luiz Eduardo Soares defende, não aceita uma fronteira ao direito. Na democracia, a morte de qualquer cidadão é velada por toda a comunidade. Desmilitarizar é um apelo à racionalidade democrática.”
Gabriel Feltran, professor de Sociologia e diretor científico do Centro de Estudos da Metrópole, sobre Desmilitarizar: segurança pública e direitos humanos (Boitempo), na Revista Quatro Cinco UM
“Dentre os diversos temas abordados com a capacidade e inteligência que lhe são próprias, Luiz Eduardo Soares demonstra que não há antagonismo na política de segurança pública e no seu comprometimento com os direitos humanos, pelo contrário”.
Leonardo Isaac Yarochewsky, advogado criminalista, sobre Desmilitarizar: segurança pública e direitos humanos (Boitempo)
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Entrevista de Luiz Eduardo Soares para a Folha de S. Paulo sobre Elite da tropa (Objetiva)