Sobre a autora
Juliana Leite nasceu em Petrópolis, cidade serrana do Rio de Janeiro, em 1983. Mudou-se para a capital do estado onde cursou Comunicação Social na UERJ, instituição pela qual também possui um mestrado em Literatura Comparada, pesquisando as interfaces entre a leitura e as tecnologias digitais. É pós-graduada (latu-sensu) em Gestão Cultural e em Produção Editorial.
Seu romance de estreia, Entre as mãos (2018, Editora Record), recebeu os prêmios Sesc e APCA, foi finalista do Prêmio Jabuti, Prêmio São Paulo de Literatura, Rio de Literatura e semifinalista do Prêmio Oceanos. Foi publicado na França e teve os direitos vendidos para o cinema.
Juliana teve contos incluídos em antologias como Vivo muito vivo (2022, Editora Record), em comemoração aos 80 anos de Caetano Veloso, assim como textos publicados nas revistas Época, no jornal francês Libération, entre outros. Foi selecionada para residência artística na revista de arte contemporânea Triple Canopy, de Nova York, reunindo-se a 12 artistas de todo o mundo para investigação e interlocução de linguagens. Humanos exemplares, seu segundo romance, foi publicado em 2022 pela Companhia das Letras.
Citações
“Com narrativa impecável e imagens poéticas, autora premiada reconstitui trajetória de uma mulher de 100 anos, retratando com fidelidade alguém de passado tão rico e presente tão diminuto. O rigor formal da construção do romance chama a atenção, junto da prosa rara e impecável da autora, de 39 anos: ao mesmo tempo simples e precisa, mas poética em suas imagens e profundamente lírica na leveza com que comunica seus personagens”.
Jornal O Globo sobre Humanos exemplares (Companhia das Letras)
“Junto com a expressão da subjetividade de uma idosa, Juliana Leite tece a representação crítica da realidade brasileira, em especial do terror e da arbitrariedade dos tempos da ditadura. Com sutilezas o romance amarra a ternura de seus protagonistas, casal de professores, ao entusiasmo pelo trabalho, ao amor pela filha e junto disso à perseguição policial nos tempos de chumbo. A proposta soma ética, respeito à natureza e poesia.”
Jornal Estadão sobre Humanos exemplares (Companhia das Letras)
“Juliana Leite escreve sobre velhice e morte com a alegria de uma menina descobrindo a vida. ‘Humanos exemplares’ fala dos dias perigosos e incompreensíveis que atravessamos em conjunto; fala de reclusão, de sombra, e da confusa gestão do amor entre pais e filhos, sem jamais perder a luz, a lucidez e o bom humor.”
José Eduardo Agualusa, escritor, sobre Humanos exemplares (Companhia das Letras)
“Abri este livro e não consegui fechá-lo até chegar à última linha. ‘Humanos exemplares’ é uma narrativa hipnótica. Ao fundo, os tempos de chumbo da ditadura. No fundo, o deslizar cotidiano de vidas cujas histórias temem não serem contadas. Um mergulho em gestos repetidos, personagens radicalmente comuns, sentimentos que se desconcertam numa fluidez que só o talento e um domínio total dos instrumentos da escrita permitem. Juliana Leite é uma escritora definitiva.”
Heloísa Buarque de Holanda, escritora, crítica literária e pesquisadora, sobre Humanos exemplares (Companhia das Letras)
“Um dos romances mais bonitos desde muito tempo. A velhice ocupa lugar de destaque e é tratada com a complexidade que merece. Temos poucos, mas bons exemplos em que isso acontece, como em Olga Tokarczuk (Sobre os ossos dos mortos) e J.M. Coetzee (Elizabeth Costello), entre os quais agora também podemos incluir ‘Humanos exemplares’. O que mais encanta é como o livro equilibra duas coisas tomadas como opostas: a simplicidade (do olhar) e a sofisticação (do pensamento). Uma narrativa que não se resume a rememorações do passado, mas também conta uma vida que se estica e continua na própria virtude.”
Fabiane Secches, escritora, crítica literária e psicanalista, sobre Humanos exemplares (Companhia das Letras)
“Bela obra que tem como base realista e lírica justamente a solidão acompanhada das memórias de uma senhora idosa, Natalia, cuja filha é uma voz do outro lado do oceano.”
Resenha do Aliás/Estadão sobre Humanos exemplares (Companhia das Letras)
“Vencedora do Prêmio Sesc 2018, Juliana Leite estreia na literatura com um romance inovador, mexendo com ousadia nas estruturas habituais desse tipo de narrativa. Tempo, espaço, a voz que relata, ela e ele, passado e presente: tudo isso é mutável, intercambiável. Os não lugares se misturam ao tempo real e ao tempo da memória para compor as vozes que conhecem a história de uma mulher comum — uma tecelã —, valorizando em igual medida tanto o que é expressivo, quanto o que permanece indefinido.”
Beatriz Rezende, escritora, crítica literária e professora titular de Poética da Faculdade de Letras da UFRJ
“Neste que é seu romance de estreia, Juliana Leite consegue converter o próprio ato da escrita em gesto: luta persistente, força de continuidade dos dias (e, portanto, da própria vida) a partir daquilo que o humano pode manifestar, e ultrapassar, por meio da literatura.”
Flávio Carneiro, professor, escritor, crítico literário e roteirista brasileiro
Leia mais
Romance “Entre as mãos” marca a estreia de Juliana Leite na literatura, resenha do Estadão
Trecho de Humanos exemplares (Companhia das Letras), de Juliana Leite, na Revista Gama
Matéria do Estado de Minas sobre Humanos exemplares (Companhia das Letras), de Juliana Leite
Entrevista de Juliana Leite sobre Humanos exemplares (Companhia das Letras)
Resenha do Aliás/Estadão sobre Humanos exemplares (Companhia das Letras)
Romance “Entre as mãos” marca a estreia de Juliana Leite na literatura, resenha do Estadão