Sobre o autor
Jacques Fux é escritor, pesquisador, professor e tradutor, nascido em Belo Horizonte em 1977. Formado em Matemática, Mestre em Ciência da Computação, Doutor em Literatura Comparada pela UFMG e Docteur em Langue, Littérature et Civilisation Françaises pela Université de Lille 3, na França, foi pesquisador visitante no Departamento de Romance and Languages em Harvard, entre 2012 e 2014. É também Pós-doutor em Teoria Literária pela Unicamp e pela UFMG. Proferiu palestras e deu aulas nas principais universidades do mundo, entre elas Harvard, MIT, Boston University, Cornell, Universidade de Estocolmo e Sorbonne – Paris III.
A relação entre letras e números, que aparentemente pertencem a universos díspares, o inspirou para o doutorado sobre a matemática na literatura do argentino Jorge Luis Borges e do francês Georges Perec. A tese acabou sendo premiada com o Capes de Teses de 2011, e deu origem ao primeiro livro do autor, a crítica literária Literatura e matemática: Jorge Luis Borges, Georges Perec e o OuLiPo (Tradição Planalto), publicado em 2011. No ano seguinte, estreou na ficção com o bem recepcionado romance Antiterapias, editado pela Scriptum. Era apenas o início de uma promissora carreira como escritor.
Citações
“Jacques, maravilha! Sabe que o Lacan inverte o cogito cartesiano e diz: “Onde não penso, sou. Onde sou, penso”, em cima do ato falho de Freud. Seu título! Livro lindo. Simples e basal, como tudo que é base. Parabéns”
Maria Homem
“Já peguei e li: uma beleza! Forte, original, corajoso, esse seu exercício de (des)memória. Me fez lembrar o livro de memórias do Luiz Schwarcz, da Companhia, apesar de muito diferente. Ele também é judeu, você sabe. Seu livro, Jacques, tem um ritmo alucinante, que não deixa a gente parar de ler: li de um fôlego só. Obrigado!”
Wander Melo Miranda
“Livro inesquecível, inteligente em todos os momentos: da dedicatória às biografias dos autores! Lindo demais! As epígrafes escolhidas a dedo. Está na minha lista dos dez mais do ano!”.
Dirce Waltrick do Amarante
“Antes que me esqueça, deixa eu te contar que me lembrei que esqueci de te dizer o quanto gostei de lembrar, mas que me esqueci, de quanto gostei desse teu livro – e que também é da Raquel Matsushita, já que não dá para esquecer dela com suas incríveis imagens que lembram muitas paisagens que já tinha me esquecido, se é que as vi alguma vez. Não se esqueça de que me lembrei de você – mesmo quando esquecido da vida. Em tempo: se lembramos apenas o que esquecemos, quando lembrar de se esquecer escreva mais pois sempre adoramos!”
Márcio Seligmann-Silva
“Jacques Fux persegue com sua escrita o locus ausente de sentido, raiz da língua esquecida na ficção do que se diz ser. Eco de um inconsciente real, imemorial. Existo onde não penso, onde não digo, onde não lembro… sou. Assim, o autor nos transporta a outra dimensão, aquela que não se fixa nas páginas da história, um vivido sem sentido, instante da pura existência.”
Fernanda Otoni Brisset – Vice-presidente da Federação Americana de Psicanálise Lacaniana
“Um dos assuntos que mais divertem, e preocupam, os judeus e não judeus em todo o mundo é, sem sombra de dúvida, a loucura do louco — o meshugá que dá título a esse novo romance de Jacques Fux. A maluquice judaica essencial, além de envolver alguns temas clássicos (neurose, hipocondria, mães invasivas e super-protetoras, etc.), também fornece matéria para a ironia autodepreciativa que é a base do humor desse povo. Valendo-se da ficção com mão firme, Fux apresenta um rol de personagens tão geniais quanto desnorteados, histórias que se conformam como pequenas novelas e que são pérolas da insanidade e do ridículo.”
Cintia Moscovich, escritora, sobre Meshugá — Um romance sobre a loucura (Editora José Olympio)
“Jacques Fux fez pela brochada o que Woody Allen fez pela neurose: transformou em assunto que se pode confessar em terceira pessoa, fora do consultório do terapeuta. Literariamente, of course. Coragem, leia!”
Vivian Schlesinger, Juri do Prêmio Jabuti, sobre Meshugá — Um romance sobre a loucura (Editora José Olympio)
“Uma estreia literária a ser considerada pelos riscos que assume e pelo fôlego da proposta a ser desenvolvida, espera-se, em novas versões e ficções”.
Estadão sobre o romance Antiterapias (Scriptum)
Leia mais
O escritor mineiro Jacques Fux investiga a loucura judaica, matéria da revista Época
Entrevista de Jacques Fux para o Programa do Jô sobre Brochadas (Rocco)