Sobre a autora
Gaúcha de Porto Alegre, nascida em 1958, Cíntia Moscovich é escritora, jornalista e Mestre em Teoria Literária. Foi editora de livros do jornal Zero Hora e diretora do Instituto Estadual do Livro no Rio Grande do Sul. Em seus livros, explora, com humor e simplicidade, o insólito das relações afetivas e da vida cotidiana. É também recorrente em sua literatura a temática judaica. “As máximas da nossa gente são páginas de sarcasmo escritas com a pena áspera da lucidez”, diz ela, que tem como fonte de inspiração Isaac Bashevis Singer, Prêmio Nobel de Literatura.
Aos 35 anos, já experiente nas redações dos jornais, descobriu a oficina de criação literária de Luiz Antonio de Assis Brasil e decidiu frequentá-la. “A coisa devia estar há muito tempo querendo sair de mim. Foi essa a compreensão de como é que as coisas se davam que me fez escrever.”, recorda a autora.
A partir de então, participou de mais de 30 antologias no Brasil e no exterior, entre elas 25 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira, e Os melhores contos brasileiros do século, organizadas, respectivamente, por Luiz Rufatto e Ítalo Moriconi. Em 1996, publicou sua primeira obra individual, O reino das cebolas. O primeiro romance, Duas iguais (Record), veio em 1998, com uma história que aborda, com sensibilidade, o amor entre mulheres. Em 2012, lançou o elogiado Essa coisa brilhante que é a chuva (Record), volume de contos escritos ao longo de seis anos.
Assídua em festivais literários e eventos para a promoção do livro e da literatura, participou da Copa da Cultura, na Alemanha, representou o Brasil na Bienal do Livro de Santiago do Chile em 2007, foi autora convidada da Flip, em 2008, da Feira Internacional do Livro de Guadalajara, em 2012, e integrou a delegação brasileira na Feira de Frankfurt, em 2013. E assim segue, escrevendo a sua obra e defendendo a literatura.
Citações
“O mais brilhante exercício de humor judaico da literatura brasileira”
O Estado de São Paulo, sobre Por que sou gorda, mamãe? (Record)
“Título do último livro de Cíntia Moscovich, a reunião de contos ‘Essa coisa brilhante que é a chuva’, além dos títulos de vários contos e também uma das epígrafes, ‘Life doesn’t imitate art, it imitates bad television’, de Woody Allen, condensam com precisão a linguagem e o conteúdo desse volume. Dicção coloquial, lirismo, humor e certa afeição pelo aspecto mais “chulo” da vida, mostrando que a literatura (e a própria vida) não são feitas de elevação, mas, principalmente, de esquisitices, anomalias.”
Noemi Jaffe, escritora e crítica literária, sobre Essa coisa brilhante que é a chuva (Record)
“Cíntia, como personagem de Cíntia, diz o que precisa ser dito, seja para quem for. E é capaz de dizer para si mesma que é um ser de traços deformados”
Zero Hora, sobre Por que sou gorda, mamãe? (Record)