Sobre o autor
Zuenir Ventura, ou Mestre Zu como se tornou afetuosamente conhecido, nasceu em Além Paraíba, no interior de Minas Gerais, em 1931. Aos 11 anos, mudou-se com a família para Nova Friburgo e começou a trabalhar com o pai, como pintor. Em 1954, já no Rio de Janeiro, cursou a faculdade de Letras e deu início a sua extraordinária e premiada carreira de jornalista. Foi repórter, editor e chefe de redação de veículos de imprensa, como as revistas Visão, IstoÉ e Veja, o Jornal do Brasil e o site No mínimo. Foi também, por quatro décadas, professor universitário e, há muitos anos, é colunista de O Globo. Em outubro de 2014, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Ariano Suassuna.
A estreia como escritor foi em 1988, com 1968 – o ano que não terminou (Objetiva), livro que logo se tornou um best-seller e uma referência sobre um dos períodos mais turbulentos da história recente. Escreveu também uma série de livros-reportagem, crônicas e a ficção Inveja – mal secreto (Objetiva), em que disseca os paradoxos desse sentimento inconfessável. Em 2008, lançou 1968 – o que fizemos de nós (Objetiva), um estudo da “geração ecstasy” e um balanço do que aquele ano emblemático significaria para os jovens de então.
Depois de passar dez meses imerso na realidade de Vigário Geral, no Rio de Janeiro, convivendo com o outro lado da cidade, Zuenir publicou outro clássico do livro-reportagem no Brasil. Cidade partida (Companhia das Letras, 1994) é um relato emocionado sobre onde a vida não vale nada e a violência é a linguagem do cotidiano. Mais tarde, lançou Chico Mendes: Crime e castigo (Companhia das Letras, 2003), que reúne suas três reportagens premiadas sobre a vida e a morte do maior líder sindical e ambientalista da Amazônia.
Sagrada família (Alfaguara, 2012), seu romance mais recente, entrelaça memória e ficção para compor uma narrativa lírica sobre os amores que resistem ao tempo e a perda da inocência, e foi classificado por Roberto Feith, seu então editor, como uma espécie de “Amarcord brasileiro”.
Citações
“Além de ser uma peça de excelente jornalismo, de texto brilhante, o livro presta relevante serviço à revitalização da consciência democrática.”
Leandro Konder, filósofo, sobre 1968 – o ano que não terminou (Objetiva)
“Aprendemos com a sua acuidade de repórter e com a sua sensibilidade de homem engajado e solidário”,
Luis Fernando Verissimo, escritor e colunista, sobre Zuenir Ventura
“O livro, que levou dois anos para ser completado, resultou numa obra surpreendente, que investiga os limites entre realidade e ficção.”
Folha de S. Paulo, sobre Inveja – Mal secreto (Objetiva)
“Em vez de uma pomposa autobiografia, ou um livro de ensinamentos para novos jornalistas, Ventura, 73, preferiu escrever 29 relatos sobre situações que viveu e que, na maioria dos casos, foram também importantes para os rumos do Brasil e até do mundo.”
Folha de S. Paulo, sobre Minhas histórias dos outros (No prelo, Objetiva)
“Quem leu ‘1968 – O ano que não terminou’ e ‘Chico Mendes – Crime e castigo’ vai se surpreender com o estilo de Zuenir Ventura, 81 anos, ao avançar as páginas do novo ‘Sagrada família’. Isso porque o metódico trabalho de reportagem que rendeu sucesso àquelas duas obras consagradas do jornalismo, neste livro cede devido espaço à maturidade literária do escritor.”
Agora S. Paulo, sobre Sagrada família (Alfaguara)
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Entrevista de Zuenir Ventura para O Globo sobre Sagrada família (Alfaguara)