Sobre o autor
Vitor Ramil nasceu em 1962, na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Iniciou a carreira profissional ainda adolescente, como compositor, letrista e cantor. Aos 25 anos, começou a escrever Pequod, uma ficção criada a partir de passagens da infância do autor, de sua relação com o pai e suas andanças pelo extremo sul do Brasil e do Uruguai. O romance marcaria a sua estreia na literatura em 1995. Sucesso de crítica, foi traduzido em 2003 na França.
Em 2004, publicou o ensaio A estética do frio, em que reflete sobre a identidade sulista e seu trabalho artístico. Seu livro mais recente é o romance A primavera da pontuação, lançado em 2014 pela Cosac & Naify e reeditado pelo SESI-SP. Com uma obra conceitual, em que busca as conexões entre o Brasil e os países vizinhos da região do Prata, Ramil transita na música e nas letras procurando estabelecer pontes entre as linguagens e as culturas. Não por acaso, em seus shows já apresentou versões musicais de poemas do argentino Jorge Luís Borges, do gaúcho João da Cunha Vargas e da paulista Angélica Freitas.
Citações
“Se eu fosse prefeito de Montevidéu, faria um monumento a Vitor Ramil: nenhum estrangeiro falou com tanta emoção da capital uruguaia. Em ‘Pequod’, o compositor de Satolep mostra que também é um grande escritor.”
Moacyr Scliar, sobre Pequod (L&PM)
“’Satolep’, coerente com a obra musical de Vitor Ramil, tem como forte característica a sofisticação conceitual, o requinte na elaboração e a erudição como linha mestra. Isso tanto pode levar determinados leitores às raias do regozijo como também conduzir outro universo de leitores à justificada insatisfação. No entanto, satisfazer gregos e baianos não chega a ser digno de elogios, segundo meu desqualificado juízo. Obra de arte relevante é a que provoca.”
Rascunho, sobre Satolep (Cosac & Naify)
“A prosa de Ramil é fria, econômica, sem sentimentalismo. Ao mesmo tempo, porém, o autor consegue fazer-nos sentir com vivacidade as imensas apreensões do narrador, o filho de Ahab, herdeiro de tantos enigmas.”
Folha de S. Paulo, sobre Pequod (L&PM)
“Vitor é capaz de peças de requintada engenharia estilística. (…) Uma obra de simetria que só as aranhas sabem realizar.”
Zero Hora, sobre Pequod (L&PM)