Sobre a autora
Versátil, provocativa, inteligente, ágil e sem papas na língua, Fernanda Young foi uma escritora, roteirista, apresentadora e atriz brasileira, que morreu precocemente aos 49 anos. Seu trabalho tornou-se conhecido em todo o país com Os normais, série de sua autoria em parceria com o marido Alexandre Machado, exibida entre 2001 e 2003 na Rede Globo e protagonizada por Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães.
O sucesso foi tamanho que culminou em dois longas-metragens, lançados, respectivamente, em 2003 e 2009. Foi ainda duas vezes indicada ao Emmy Internacional de melhor comédia, pelos seriados Separação?! (Rede Globo, 2010) e Como aproveitar o fim do mundo (Rede Globo, 2012). Integrou o time feminino do Saia Justa em sua primeira formação, entre 2002 e 2003, do GNT, canal em que também apresentou os programas Irritando Fernanda Young e Confissões do apocalipse.
Nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1970, e mãe de quatro filhos, sua obra contempla 14 livros, e, como roteirista, 15 séries para televisão. Estreou na literatura com o romance Vergonha dos pés (Objetiva), em 1996. Em 2016, ao completar 20 anos de carreira, comemorou com os lançamentos de dois inéditos, o de poesia A mão esquerda de Vênus (Globo) e o de contos, Estragos (Rocco).
Seu último livro publicado em vida, o único de não ficção, Pós-F: para além do masculino e do feminino, chegou às livrarias pela Leya em 2018 e foi premiado com o Jabuti na categoria Crônica. Sobre ele, Fernanda escreveu: “Não sou especialista em nada. Melhor, não sou especialista de coisa pronta. Procuro me aprimorar em mim, entendendo sobre mim – usando, é claro, tudo o que observo nos outros”. A escritora deixou ainda um livro inédito, com o título Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar, lançado no fim 2019 pela mesma editora.
Citações
“Fernanda Young… Provocadora, ousada, irônica, inteligente. Grande talento. Eu era fã e amigo”
Marcelo Rubens Paiva, jornalista, colunista e escritor
“Devo muito à Fernanda , à jovem e young Fernanda de Nikiti Niterói. Por caminhos que ninguém explica, nos fundimos numa mesma Vani. Por três anos de série e duas películas dos Normais, fui seu alter ego anárquico e desconcertante”
Fernanda Torres, atriz e escritora
“Só ela para inventar a vida enquanto escrevia, e ao contrário, claro, transformar-se em personagem e produto, na medida em que vivia atuando, se tatuando, se somando de gente (…) mas sempre foi assim, too Young, aquela que conheci trazendo seu romance de estreia nas mãos, Vergonha dos pés. Era bom. E foi melhor ainda ter publicado, e depois todos os outros”
Isa Pessoa, editora e responsável pela publicação dos livros de Fernanda Young na Objetiva
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