Lançado há quase dez anos, o romance “A cabeça do santo” será publicado neste ano no México e na Itália.
Por Felipe Maciel
Socorro Acioli já era referência na literatura para crianças e jovens, reconhecida com o Jabuti, entre outros prêmios, quando, em 2014, lançou seu primeiro romance adulto, “A cabeça do santo” (Companhia das Letras). Surreal e, ao mesmo tempo, real, Socorro captura mundos e funde cabeças com uma história que traz a magia e a realidade do sertão nordestino.
A obra começou a ser desenvolvida na oficina “Como contar um conto”, promovida em Cuba por Gabriel García Márquez, e levou sete anos para ser concluída. Quando chegou aos leitores, chamou atenção (só na Amazon reúne quase duas mil avaliações) e recebeu elogios entusiasmados da crítica e de nomes como Mia Couto e José Agualusa.
Com quase uma década de publicação, o romance segue prosperando. Chegou recentemente em sua décima segunda reimpressão no Brasil e ganha, neste mês, uma edição no México pela Fondo de Cultura Económico, e será publicado também na Itália.
E, assim, o universo inventivo, regional e universal de Socorro Acioli, que já conquistou paragens tão distantes quanto a dos Estados Unidos, Reino Unido e França, faz valer a sabedoria popular: “O sertão vai virar mar, o mar vai virar sertão.”